Cheguei em casa como sempre. Tirei o sapato, guardei no lugar de sempre ( super organizada) , andei descalça, abri a geladeira ( só pra não perder o hábito), fechei a geladeira. Não tinha ninguém em casa sexta a noite. Todos tinham seus compromissos. Somos três. E eu, comigo mesma ali, sentei num banquinho, mais uma semana ( super produtiva) , olhei minhas mãos, estavam bem feitinhas, o esmalte ainda brilhava, mas era só até amanhã, adorava cuidar das flores e nem ia ligar para o esmalte.
Abri um suco, e de golinho em golinho, foi sumindo o gosto do chopinho do happy hour, me esqueci de quanto tempo não fazia mais isso. O barzinho ( um buteco perto do trabalho era diferente naquela noite, dos dias que passamos na frente, olhamos as coisas de forma diferente ) nem parecia naquela cidadezinha do interior tão conhecida, fiquei ali pensando e os sorrisos ainda ecoavam na minha memória, ia sentir saudade do nosso amigo que ia sair de férias. Ele com certeza é o melhor contador de histórias que eu conheço. E animador de festas, alto astral. Bonito e fiel, tudo di bom . Vai para São Paulo com a esposa, vão num bar onde dançam musicas cubanas as sextas e fash back aos sábados. Ele me disse o nome do local, mas não prestei atenção. E hoje ia ao teatro. Programão.
Todo mundo foi pra casa , ainda era cedo, e vim ouvindo Ana Carolina, vim embora pela estrada minha velha conhecida, velha companheira. Cheguei em casa e aqui estou desde sexta-feira passada.
Morrendo de vontade de ser a mulher do meu amigo.